


A Organização Mundial de Saúde estima que metade das prescrições de
antibióticos são inoportunas e, como se sabe, cada vez que se toma um
desses remédios na hora e na dose erradas, aumentam as chances de
micróbios resistentes se desenvolverem.
Às vezes, no entanto, o
antibiótico entra no organismo de carona nos alimentos. Pois os animais
de criação recebem, em média, trinta vezes mais dessas drogas do que os
seres humanos. A razão disso não é só prevenir doenças: os remédios
fazem os bichos crescer mais depressa, o que interessa aos criadores. O
resultado é que as chamadas infecções alimentares — confundidas muitas
vezes com intoxicações — podem ser fatais. A bactéria salmonela
encontrada na carne é praticamente indestrutível por medicamentos. Como
esses germes são freqüentes, a sorte das pessoas é que o calor do
cozimento consegue liqüidá-los. Em um bife mal passado, porém, mora o
perigo. Nos Estados Unidos, no ano passado, 6 milhões e meio de pessoas
caíram doentes, após uma refeição; 500 000 morreram, entre elas, três
crianças que comeram hambúrguer contaminado na famosa rede Jack-in-the-Box.
Esterco de vaca pode ser fonte de bactérias resistentes a antibióticos !
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