
As distinções que para nós inventamos ao longo de nossas vidas e que nos mantiveram alijados da vida social, separados uns dos outros, protegidos unicamente por nossas soberbas e preconceitos próprios e distintos, ao longo de décadas socialmente mal vividas, mesma na opulência de uns poucos, são hoje varridas por algo maior que nos transformamos e que inexoravelmente nos mantêm nivelados, tais como a loucura, o crime, a doença e a morte, bônus com o qual agraciados fomos, mercê da bondosa natureza, cessando assim, em seus últimos e melodiosos acordes, tudo o que a musa tocava. Somos o resultado do que plantamos nas últimas décadas, portanto, só nos resta colher estes maravilhosos frutos, pois são os únicos que do resto vingaram e hoje vivem plenamente, donos da situação, pois se tornaram a maioria, os joios.

Que mundo é este, em que a tolerância é um dos valores mais afirmados nos discursos e mais negados nas práticas? Este é um mundo em que a hipocrisia é extremamente valorizada. Mas isso todo mundo nega, é óbvio.
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